2 de junho de 2009

PISCICULTURA

O que é?

Tipos de Piscicultura

A piscicultura extensiva é praticada em reservatórios de grandes dimensões, naturais ou artificiais. Neste sistema, o número de peixes por unidade de área é baixa, a alimentação fica restrita ao alimento naturalmente existente e não há controle sobre a reprodução.

A piscicultura intensiva, seu principal objetivo é a produção máxima por unidade de área. É desenvolvida em tanques ou viveiros especificamente construídos para tal finalidade.

A piscicultura semi-extensiva caracteriza-se pela adoção de técnicas simples de manejo, como maior cuidado quanto à alimentação dos peixes, obtida, principalmente, pelo aumento da produção natural através da fertilização das águas, e pela aplicação da despesca, que retira do meio apenas os exemplares com peso adequado para o consumo. A alimentação natural pode ainda ser reforçada pelo uso de subprodutos ou alimentos baratos e facilmente encontrados.

Instalações, Equipamentos e Maquinários

A quantidade de água disponível determina a população de peixes a serem estocados, porém, se a qualidade da água estiver fora dos limites requeridos pela espécie a ser cultivada, não haverá uma resposta eficiente em termos de crescimento e engorda. Quanto à sua origem, as águas de nascentes são as mais recomendadas para a piscicultura devido a sua qualidade superior. As águas de rios, riachos e reservatórios também podem ser utilizadas, porém deve-se ter um cuidado maior devido à poluição e à presença de outros peixes.

As águas de poço não são indicadas por serem pobres em oxigênio e seu custo de captação e bombeamento ser muito grande. A quantidade mínima de água necessária para a criação de peixes deve ser tal que permita encher os tanques e viveiros em pouco tempo e mantê-los com o nível de água constante durante todas as épocas do ano. Essa quantidade vai depender muito da região em razão das diferenças de infiltração e evaporação, mas pode se considerar um caudal mínimo de 10 litros/s para cada hectare de área inundada. Caso o solo tenha excelente potencial de retenção de água, um caudal de 5 litros/s/ha durante todo o ano é suficiente.




Para que uma espécie possa ser utilizada em cultivo, deve apresentar algumas características básicas, quais sejam:

Alimentação

A alimentação de peixes, pela sua natureza complexa, ampla e abrangente, é assunto que obriga à discussão de diversos aspectos ligados direta ou indiretamente ao tema. A diversidade de espécies existentes indica uma correspondente diversidade de hábitos alimentares, com todas as suas particularidades e, como conseqüência, a existência de diferentes exigências nutricionais.

Para as condições do Brasil é de toda a conveniência que sejam escolhidas espécies para o cultivo intensivo com regimes alimentares do tipo planctófago, herbívoro e onívoro, em virtude de não exigirem teores de proteína elevados e aceitarem facilmente a alimentação artificial. Em outras palavras, estas espécies estão situadas nos primeiros degraus da cadeia trófica ou alimentar.
Sob o ponto vista nutricional, um alimento deve ser considerado quanto aos seus principais elementos nutritivos, ou seja, a proteína, os carboidratos e as gorduras e também quanto ao seu valor energético, necessário ao pleno desenvolvimento das funções vitais do peixe, como crescimento, locomoção e reprodução.
Em sistemas semi-intensivos e intensivos, o fornecimento de alimentação suplementar é de fundamental importância para a engorda dos animais. Esta alimentação pode ser feita através de ração balanceada ou uso de sub-produtos agrícolas. Para estes últimos pode se utilizar restos de alimentos como frutas e verduras, desde que não estejam em estado de fermentação.


Despesca


O tamanho do empreendimento dependerá do volume de produção e do tipo de sistema adotado, como já foi mencionado anteriormente. Também é interessante conhecer as tendências ou planos de desenvolvimento para a região em questão, pois não será prudente escolher um local numa área em que uma futura atividade industrial possa causar poluição na água, no ar ou possa se estabelecer um denso povoado.

Empasa quer produzir 10 milhões de alevinos esse ano

A Empresa Paraibana de Abastecimento e Serviços Agrícolas (Empasa) pretende dobrar a capacidade produtiva de alevinos, que é de 5 milhões de alevinos/ano, e passará para 10 milhões/ano, graças a um convênio de cooperação técnica com o Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnoc’s) que está sendo objeto de análise pelo governador José Maranhão.
Conforme o presidente da estatal, Neto Franca, no convênio, o Dnoc’s vai ceder a Estação de Piscicultura do Perímetro Irrigado de São Gonçalo em Marizópolis à Empasa, a fim de gerenciar e operacionalizar o equipamento que será responsável pela produção de alevinos de tilápia tailandesa revertida para atender os projetos privados de tanques-rede na Paraíba.
Com o ganho na infra-estrutura, 50% da produção de alevinos do Programa Estadual de Peixamento da estatal será ofertado aos pequenos piscicultores de associações comunitárias, e 50% será destinada a venda. Com a receita, a Empasa fará investimentos na Estação de Piscicultura em Itaporanga e berçários de alevinos em Patos, Sousa e Riachão.
De acordo com o engenheiro de pesca da Empasa, Celso Carlos Duarte, a reversão sexuada da tilápia é um processo de melhoramento genético adotado pelas estações de piscicultura de todo o País. A vantagem da técnica é que são produzidos alevinos 100% machos com maior ganho de peso em tempo recorde, num período de 180 dias, onde cada alevino chega a atingir 500 gramas.
No processo normal de reprodução onde não há a reversão, os reprodutores e matrizes se reproduzem precocemente, retardando o ganho de peso ideal que é de 500 gramas em 180 dias, e daí alcança apenas 200 gramas num mesmo período de tempo”, lembrou Celso Duarte.

A Estação de Piscicultura do Perímetro Irrigado de São Gonçalo em Marizópolis possui uma área de 6 hectares, cuja infra-estrutura é dotada de viveiros de manutenção de reprodutores, matrizes e formação de alevinos, além de laboratórios de larvicultura, escritório de apoio e tanques de distribuição de alevinos.
Para o coordenador do Dnoc’s na Paraíba, Francisco Mariano da Silva, a operacionalização da Estação de Piscicultura de Marizópolis pela Empasa vai representar um grande desenvolvimento econômico para a região do Sertão com benefícios diretos para 53 municípios paraibanos. “Temos a certeza que esse equipamento estará em boas mãos”, lembrou.

PRESSÃO ATMOSFÉRICA x PESCARIA

Podemos definir a pressão atmosférica como a força exercida pela atmosfera sobre a superfície considerada.

Como exemplo, apesar de não nos apercebermos disso, o corpo humano suporta em média (ao nível do mar) uma força resultante da pressão exercida (nos vários sentidos) de cerca de 15 toneladas.

Esses dias temos trocado mensagens sobre a pressão atmosférica e sua influência na pescaria. Concordamos todos com o fato sobejamente sabido de que não são os valores da pressão que prejudicam a pescaria e sim a mudança brusca para esses valores, não importando se para baixo ou para cima do valor normal de 1013,3mb ou HPa.

Particularmente prefiro pressões entre 1016 e 1020mb, desde que estáveis por no mínimo 24 horas.

No entanto, é preciso levar-se em conta e dando-se o competente desconto às marés barométricas, que são uma oscilação natural da pressão atmosférica em períodos de seis horas, assim discriminados:
Uma ocorrência máxima às 10.00h
Uma Ocorrência mínima às 16.00h
Outra ocorrência máxima (desta vez menor) às 22.00h
Outra ocorrência mínima (desta vez menor) às 04.00h
Entre um período e outro é normal uma variação de 2,5mb ou HPa, que deve ser considerada por ocasião da leitura para fins de previsão do tempo que deverá ser feita preferencialmente às 10.00h da manhã

Sem querer aprofundar muito o assunto, pois somos pescadores e não meteorologistas podemos considerar, no entanto, que existem quatro fatores que influenciam e determinam essas variações:
- temperatura;
- umidade do ar;
- densidade do ar;
- altitude.

Como a pressão atmosférica depende da gravidade (G) do local e como esta é determinada pela Latitude, podemos considerar que a latitude embora não seja responsável pelas variações da pressão atmosférica, determina a pressão normal para àquele ponto, vejamos o quatro primeiro.

1. Temperatura: Quanto menor a temperatura, maior a pressão atmosférica.
2. Umidade do ar: Quanto maior a umidade do ar, menor será a pressão.
3. Densidade do ar: Quanto maior a densidade do ar, maior a pressão.
4. Altitude: Quanto maior a altitude, menor a pressão atmosférica.

OBS: Aqui convém alertar para os pescadores de Trutas que normalmente sobem a montanha para fazê-lo, que certamente a pressão indicada será a normal e referente àquele ponto e não uma queda da mesma e a partir dela é que poderão ser consideradas as variações.
Variações para baixo na pressão atmosférica estão sempre associadas ao mau tempo e quanto mais baixas, pior ele será ou estará.

Já as variações para cima sempre predirão bom tempo, pois não existe mau tempo com a pressão alta.

Para verificar essas variações usamos o barômetro, aparelho específico para esse trabalho, um dos modernos relógios digitais possuidores dessa função ou até mesmo uma pequena “Estação”, que concentre à disposição do pescador um Barômetro, um higrômetro e um termômetro.

Barômetros comum e para Pesca

Como disse, sem sermos meteorologistas não vamos nos ater ao funcionamento dos barômetros e sim em como operá-los.

Basicamente os barômetros são constituídos de um mostrador com as indicações necessárias a determinação da pressão e outras com opiniões sobre do resultado da mesma e sobre este mostrador move-se o ponteiro que as indica.

Externamente, um ponteiro móvel facilita o trabalho de verificação das variações, funcionando da seguinte maneira:

Movimente o ponteiro externo colocando-o sobre o interno. Passado determinado tempo, se tiver havido variação na pressão atmosférica, este já não estará sobre o ponteiro interno, A diferença entre eles mostrará a variação da pressão atmosférica naquele período mas não espere mudanças instantâneas nas condições atmosféricas. Ele indica a tendência nas próximas vinte e quatro horas, e aí não falha!

OBS: Antes da leitura dê pequenos toques com a ponta dos dedos no vidro do barômetro para aliviar a pressão sobre o ponteiro interior que pode estar preso, fazendo uma indicação errada.

No entanto, precisamos ter sempre em mente, que embora a pressão atmosférica influencie positivamente e negativamente a pescaria, mais do que seus valores totais essa influência é determinada por suas variações no momento, variações bruscas sempre vão determinar uma alteração para pior ou uma melhora demorada no resultado da mesma, assim como a análise dessas variações combinada com a temperatura, dará uma boa indicação de como será o dia.

Olhe também para o céu.
Pode até não melhorar a sua pescaria, mas certamente poderá evitar que você pegue chuva desprevenido.

Há muito tempo, mais de vinte anos, li numa edição da revista Pescatur, que circulava no Rio de Janeiro, a opinião de um pescador (Vitor Ged), que dizia:

A pressão atmosférica, cujas variações muito têm a ver com a renovação do oxigênio contido na água, atua como influência energizante nos peixes esportivos, da mesma forma que a purificação da água o é para o peixinho do aquário“.

O conhecimento da leitura correta e interpretação dos dados fornecidos pelo barômetro nos dá a indicação de quando essa troca de pressão energizante está ocorrendo e em função dela os melhores momentos para a nossa pescaria.

“Assim a passagem de uma frente fria, normalmente assinalada com antecedência por uma elevação na pressão indicada pelo barômetro seria a situação ideal ou a mais favorável para a pesca, pois nessas condições os peixes comerão tudo que se lhes apresente, principalmente em águas mais rasas e isso pode acontecer até mesmo debaixo de chuva que certamente terminará breve juntamente com a estabilização do barômetro e o término dessas condições favoráveis”.

Sendo assim, acredito que o ideal é estar pescando logo que a pressão inicie a sua elevação, o que, no entanto, para nosso desgosto nem sempre cai num sábado, domingo ou feriado, pois os arquivos mostram sem qualquer dúvida que a pesca é muito melhor durante as horas de pressão atmosférica alta ou de sua elevação.

Fora disso, nem sempre um dia claro, ensolarado e de muito calor, livre de nuvens ou vento, ideal para se “pinchar” aqui e ali, enquanto se procura diminuir o estresse da semana, terminará não o aumentando.

Essas condições representam que a pressão atmosférica está baixa e chegam até mesmo a causar um certo desconforto a determinadas pessoas. Os peixes, criaturas mais sensíveis certamente as sentiram antes e procuraram águas mais profundas e mais favoráveis ao seu metabolismo. Nesses dias se quisermos ter algum sucesso, é nelas que devemos procurá-los.

Conclusão
Como disse, pode até não dar certo, mas garanto que vocês vão ter o que fazer quando o peixe não aparecer, dêem uma relida no texto e depois se empertiguem e digam como desculpa:

A variação da pressão atmosférica em ascensão aliada à forte queda da temperatura ocasionou ventos de intensidade moderada, mas que tornavam perigosa a navegação e ainda influíam negativamente no arremesso das iscas artificiais alterando o trabalho das mesmas, mormente as de superfície prejudicando com isso o resultado da pescaria“.

Bem que o Cravo falou!

DICAS:
Para converter Celsius em Fahrenheit multiplicar por 9, dividir o resultado obtido por 5 e acrescentar 32.

Para converter Fahrenheit em Celsius, subtrair 32, multiplicar o resultado por 5 e dividir o resultado obtido por 9.

Matéria escrita por A.C. Cravo para o Ecopesca

PORQUE AS VARAS QUEBRAM


Após todo estes anos pescando, posso afirmar sem medo de errar que as quebras de varas se dão por manuseio indevido do pescador.Elas são quebrada nas portas de carros, colisão com mureta, beirada de barco, parede, cobertura e outros, elas são pisada esmagada, sentada, mordida, roída, atropelada e outro acidentes acontecem, normal mas o pior delas é a forma que o pescador manuseia elas. A vara de pesca por mais que sejam resiste elas NÃO SÃO INQUEBRÁVEIS, todas quebram e se o pescador não cuidar como se deve elas quebrarão sim. Outra modalidade de quebra é quando, de uma forma suicida, o pescador arca a ponta com a mão ou arca a vara puxando a ponta em direção ao cabo esta e a formar mais criminosa contra a vara de pesca e o pescador nunca reconhece que fez besteira, é mais fácil afirmar que a vara é uma porcaria ou estava com defeito, e se ainda estiver dentro da garantia dos 3 meses, corre até a loja onde comprou para brigar e colocar a culpa em outro mas vale a pena tentar se o vendedor aceitar, blza.

Um dia me falaram que a velocidade mais perigosa para se dirigir é a de 40 km/h, logo percebi que era uma piada mas explicou que todos os acidente quando os condutores vão tentar justificar, sempre diz que a velocidade que estavam era de 40 km/h. E com as varas são a mesma coisa, o peixe que mais quebram varas são os que não alcançavam 1/2 kl, estes peixes são realmente um serial killer de varas de pesca, eita peixinho brabu. E o pescador lesado por este peixinho sempre tem uma testemunha que na maioria das vezes não abre a boca, pela tamanha ignorância do tal peixe.
Outra modalidade de quebra é feita quando na hora da fisgada o pescador ultrapassa, a fisgada, alem dos 45° do alinhamento da vara, geometricamente prova que elevando a vara alem dos 45°, só diminui a potência da fisgada e aumenta a possibilidade de quebra por que a potência da fisgada passa da parte inferior do cabo, que é mais rígido, para a ponta que é mais flexível, ocasionando a quebra.
Também quebra se varas quando se tenta levantar o peixe com ela, lembrem-se ultrapassou os 45° .

DICAS DE ARREMESSO

Selecionei os dez arremessos, usados nas situações mais diversas na pescaria, usando carretilhas ou molinetes.

  • Overhead Casting : Arremesso frontal pelo alto. O primeiro a ser aprendido e o mais utilizado pelos pescadores, que devem dominá-lo antes de partir para os outros tipos de arremesso. É feito em três etapas:
-vara na frente do corpo apontada para o alvo;
-impulso para trás, vergando a vara com firmeza e
-impulso para frente lançando a isca.

  • Sidehand Casting : Arremesso lateral. Utilizado na presença de obstáculos acima do pescador, impedindo a execução do overhead casting. Bom também para colocar a isca sob estruturas baixas.
  • Backhand Casting : Arremesso lateral cruzado. No caso de destros, o movimento da vara é para o lado esquerdo, com a ajuda da mão esquerda na hora de impulsionar a vara para frente. Usado quando há algum obstáculo do lado direito do pescador.
  • Flip Casting : Arremesso de baixo para cima, com movimento oposto ao do overhead casting. Usado quando não há espaço acima e ao lado do pescador. Outro bom arremesso para estruturas baixas.
  • Pitch Casting : Arremesso delicado, iniciado com a isca na mão esquerda do pescador. Faz-se um movimento de baixo para cima com a vara ao mesmo tempo em que se solta à isca. Bom para curtas distâncias e para apresentações mais delicadas da isca, como na pesca do black bass, robalos e outros peixes em determinadas situações.
  • Spiral Overhead Casting : Arremesso frontal em espiral. O invés do movimento em linha reta do overhead casting, a ponta da vara faz um movimento circular vigoroso antes de lançar a isca para frente. Permite o alcance a longas distâncias.
  • Spiral Side Casting, Spiral Backhand Casting, Spiral Flip Casting : Similares aos arremessos Sidehand, Backhand e Flip Casting, porém feitos com o movimento da vara em espiral. Têm a mesma vantagem de alcançar longas distâncias, apesar de serem mais difíceis de executá-los.
  • Curving Casting : Arremesso com Curva. Partindo-se do flip casting, tomba-se a vara para o lado ao mesmo tempo em que se freia a linha durante o vôo da isca, fazendo com que ela acabe efetuando uma curva no ar. Ë o único arremesso que põe a isca na parte de trás de uma estrutura, como um pilar, arvore, pedra, ou um tronco isolado no meio da represa.
  • Skipping ou Magic Casting : Arremesso com repique. Sem dúvida o mais acrobático e difícil dado a facilidade em se formar backlash (cabeleira) na linha se não for bem executado. Deve-se efetuar um arremesso o mais rasante possível, com controle constante do polegar sobre o carretel. A isca deverá saltitar sobre a água, tal qual uma pedra achatada arremessada com esse fim ( quem nunca fez isso com pedras? ). Põe a isca sob a mais baixa das estruturas. Dica : deve-se efetuar esse arremesso com iscas moles, tipo shads, com iscas artificiais de material duro e cabelereira na certa, outro detalhe fechar o freio.